Ahhh minha terrinha natal! Tantas emoções, tantos amores, desilusões, felicidades e tristezas que passei. Falar sobre Itaqui é difícil para mim, pois são muitas lembranças de um passado que não volta mais.
Mas ao mesmo tempo tenho boas lembranças e o carinho recebido pelos familiares e amigos é tudo de bom.
Confesso que a cada km que chegava mais perto da minha cidade aumentava a vontade de ler aquela pequena frase que sempre surtiu muito efeito em meu coração.
“Amigo aqui continua tua terra”
Morei em Itaqui durante os primeiros quinze anos da minha vida, estudei em apenas dois colégios. Desde a segunda série do ensino fundamental até o primeiro ano do ensino médio estudei no Colégio Estadual São Patrício – CESP.
Eu e minha irmã (Graciélli) aproveitávamos o horário do recreio (aka intervalo) para ir até a casa da nossa vó (materna) e pedir para ela falsificar um bilhete para a orientadora educacional dizendo que estávamos mal, pois assim poderíamos sair do colégio e ir até a casa dela tomar mate (chimarrão). Meus pais foram saber que a vó fazia isso somente depois que nos mudamos para Caxias do Sul – RS, e a justificativa
da vó para nos deixar matar aula é que ela saberia onde nós estaríamos, ao invés de matar aula e ir fazer qualquer idiotice pela cidade.
Assim que chegamos em Itaqui fui mostrando a Narjara (esposa) alguns pontos turísticos da cidade, tais como o local onde morei, o parcão e a praça. Logo em seguida fomos a casa dos meus tios (Edison e Rosa) onde iríamos passar a semana incomodando dormindo.
Teve uma guria que não largou a Narjara por um minuto sequer que foi a Mariana (que é um amor), filha da minha prima Caroline que estava sempre brincando.
Antes de irmos embora ela teve que “levar” a Narjara para dar uma volta de caminhão, mas ela que “dirigiu”. hehehehe
Na última noite fomos a cada do meu primo ex-vizinho João Marcos, pois ele fez um peixe frito muito gostoso. Esse “pirralho” eu vi nascer, saí de Itaqui quando ele ainda era criança.
Lembro-me que muitos anos depois ele apareceu em aqui Porto Alegre com uns 14~15 anos pedindo para eu ensinar ele a dirigir, levei ele para dar uma volta no meu Fusca ’77 (fuc-fuc), levei ele para fora da cidade e fui dando umas dicas de como dirigir. Quando liberei o fuc-fuc para ele, chegamos em uma esquina e ele deixou apagar o motor por umas 20 vezes por estar cagado apavorado.
Agora lembrei que cheguei a filmar esse momento, pois ele pediu para mostrar ao Marcos (pai dele) já que ele não iria acreditar que o João teria dirigido. Agora preciso encontrar essa filmagem heheheh
Por fim despeço-me da minha querida cidade com um até breve, mas sem antes ler a frase de despedida para os conterrâneos.